domingo, 27 de fevereiro de 2022

O PRESENTE E O FUTURO

 Vou explicar-te porque é tão importante as pessoas viverem o presente. Nem o passado, nem o futuro. O presente. Simplesmente estar aqui, no presente. Vivenciar o que há para vivenciar no aqui, no agora. Não mais do que isso. Já muito foi falado acerca de viver no agora. Mas há coisas que falta explicar. Falta esclarecer. Quando uma pessoa vive no passado, toda a sua energia vibra com uma frequência do passado. Se sentiste ódio no passado, se sentiste revolta, culpa, ou seja, qualquer um destes instintos básicos no passado, essas emoções irão vir para o presente. Vão invadir a tua vida, pois o portal do tempo é aberto e as dimensões temporais intercruzam-se. Interagem. «Intervivem.»

Serás assaltado por emoções adversas no presente, por força de viver com a consciência, com o foco no passado. As emoções antigas passam a dominar o presente, a tua vida e a tua energia. Passas a «viver de memórias», e ficas uma pessoa triste, sem energia, pois a energia só se atrai quando se resolvem as coisas. Se viveres no presente, até podes revisitar memórias antigas, mas com a consciência de hoje.

Vais ao passado, mas levas do presente uma consciência ampla, limpa e esclarecida. Naturalmente que as emoções bloqueadas secularmente, à força de receberem a consciência do presente, se desfazem em mil cacos de luz. Passas a viver cada vez mais tranquilo, pois vives numa dimensão temporal onde podes alterar a lógica dos acontecimentos através do teu livre-arbítrio. A tua escolha pessoal.

Quem vive no passado não altera nada. O passado não se altera. Passas a viver com uma sensação de tremenda impotência, pois estás no passado, não podes alterá-lo, em vez de viveres no presente onde podes mudar o rumo dos acontecimentos. Por aqui, percebes que não deverão viver no passado. Ir lá com a consciência de hoje para libertar os bloqueios, sim. Mas viver lá, não.

Agora vamos falar do futuro.

Porque é assim tão mau viver com a consciência focalizada no futuro?

As pessoas que vivem focalizadas no dia de amanhã ficam infinitamente mais fracas. Não têm a energia do presente, renegam-na em prol de eventos que ainda irão acontecer. Não os podem forçar, e arriscam-se a que esses eventos pura e simplesmente não aconteçam. Como vivem com a consciência no futuro, o seu presente é sem cuidado, sem entrega, sem foco.

E o que é que pensas que acontece no futuro a quem não o prepara? A quem não se entrega para que aconteçam coisas preponderantes? A quem não cuida das coisas para que elas possam crescer? Qual será o futuro de uma pessoa que não focaliza no presente, para perceber o que fazer e como fazer, quando chegar a hora de fazer alguma coisa?

Não será. Não haverá futuro. Poderão passar meses, e anos. Poderá passar o tempo, mas a vida dessa pessoa não mudará, nada mudará, e ela continuará à espera que aconteçam coisas satisfatórias num futuro que não chega nunca. Irá viver à espera de.

Apesar de estas razões para viver no presente já serem, por si só, suficientes, ainda te quero dar uma razão fundamental para as pessoas passarem a escolher o agora. Eu só posso entrar onde há consciência.

Eu só posso entrar onde a consciência está plena. Eu só posso entrar desde que me convidem a entrar.

Desde que abram espaço para eu entrar. Uma consciência focalizada no coração, no que se sente, está placidamente a dar autorização para que eu entre. Uma pessoa que vive com a sensibilidade à flor da pele, aceitando as suas dificuldades e limitações, mas também aceitando as suas capacidades e, principalmente, a sua condição de gestora da sua própria evolução, uma pessoa que escolhe viver o hoje com o que quer que o hoje traga, essa pessoa está a chamar-me.

Um chamamento longo, contínuo, com gosto de amizade antiga. A essas pessoas eu vou. Nessas eu entro. Mas as pessoas que insistem em viver fora do seu tempo, ou no passado, onde as mágoas aconteceram, ou no futuro, onde julgam que tudo irá acontecer, essas pessoas não estão em condições de deixar entrar a luz. Bloqueiam. Resistem. Controlam. Por essas pessoas, a única coisa que posso fazer é esperar. E fico por aqui, com uma sensação de tristeza e inutilidade, vendo-as a afastarem-se cada vez mais da luz, vendo-as a afastarem-se cada vez mais de mim. E sofrendo. Sofrendo sozinhas, em plena solidão espiritual.

Lembrem-se de que para se conectarem comigo só têm de sentir. Sentir profundamente seja que emoção for. Nunca julgando ou culpando os outros da vossa vida. Apenas sentindo, sentindo, sentindo.

E eu estarei aqui, a cuidar aqui de cima para que à força de tanto sentir os bloqueios se desfaçam, as emoções se diluam, e vocês possam novamente ter esperança e olhar para o céu.


JESUS

O Livro da Luz – Pergunte, o Céu Responde, de Alexandra Solnado

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