Da
mesma forma que ao tocarmos em algum objecto deixamos nele as nossas impressões
digitais, ao tocar as vidas das pessoas, seja de que forma for, deixamos nelas
parte da nossa identidade. E as coisas e as pessoas jamais voltarão a ser como
eram antes desse toque. Quanto melhor for o nosso toque, melhor será o seu
impacto. E se a vida é melhor quando estamos felizes, é ainda melhor quando os
outros estão felizes em consequência de algo que lhes possamos ter feito.
Nada
na Natureza vive para si mesmo. Os rios não bebem a sua própria água, mas a
disponibilizam no seu percurso e a entregam ao mar. As árvores não comem os
seus próprios frutos, apenas os oferecem a quem os quiser colher. O Sol não
brilha para si mesmo, mas para todo o espaço ao redor, e a Lua traz-nos a sua
luminosidade reflectida no período nocturno. E as flores não libertam as suas
cores e odores para elas mesmas, mas as oferecem a quem as quiser disfrutar.
Uma
das regras desta natureza terrena à qual pertencemos é que todas as formas de
vida, visíveis e invisíveis, existem com o propósito de cooperar directa e
indirectamente nas outras. Assim é também o Humano que abre o espírito à
experiência natural, que é viver em inter-relação, ou seja, basear a sua vida
num exercício amoroso que o coloca no mesmo plano que todas as outras formas de
vida, onde os humanos são tão irmãos como as pedras da rua. Claro que para lá
chegar, o Humano terá primeiro de tornar normal ver o outro Humano com
equanimidade. E daí advirá, enfim, O Novo Ser Humano, aquele cuja existência se
rege apenas e só por um único princípio e propósito: O Amor!
In
Lack’ech Ala K’in
E
Assim É
Vitorino OM Matos
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