sexta-feira, 24 de setembro de 2021

SENSÍVEL

 Eu sei que és sensível. Tu podes não saber, mas eu sei que és sensível.

A tua sensibilidade vive nos teus poros, nas tuas células, na tua vibração.

A cada vez que te magoam, desaba o céu em cima da tua cabeça. E tu só precisas de te entristecer, de te fragilizar.

Como eu digo sempre, «Deixa doer para passar depressa».

A tua sensibilidade é um trevo de quatro folhas, é talvez o teu maior dom, o maior dos maiores.

Mais forte do que seres inteligente, é seres sensível.

Mais forte do que seres arguto, é seres sensível.

Mais forte do que seres rico, bonito, capaz, simpático, é seres sensível.

Mais forte do que seres forte, é seres sensível.

As pessoas sensíveis sentem as dores do mundo.

Dói? Dói.

Mas é infinitamente mais verdadeiro, mais harmonioso, do que bloquear a sensibilidade e andar por aí, feito palhaço, na ilusão de que tudo vai melhorar… porque sabemos que dessa maneira não melhora nunca.

Ser sensível é ter conexão total, directa, ininterrupta e irreversível.

É mais difícil? É.

Mas, por outro lado, quando se está bem, quando se está feliz – e começam a ser muitas as vezes em que isso acontece –, a alegria é incomensurável.

O que seria alegria é agora êxtase.

O que seria felicidade é agora estado de graça.

E os realmente sensíveis, aqueles que já aceitaram a sua sensibilidade plena e absoluta, os que já não bloqueiam, os que aceitam sentir tudo, tudo, tudo, já sabem o que é estar em estado de graça.

E já não querem prescindir dele.

E já não querem outra vida.


JESUS

O Livro da Luz – Pergunte, o Céu Responde, de Alexandra Solnado

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