Tudo o que o ser humano produz é
fruto dos seus pensamentos, ideias, sentimentos e acções. Somos espíritos a
viver uma experiência humana, logo, sujeitos a pensamentos e emoções, sendo que
com base nesses circunstancialismos, afectamos a nossa energia consciencial e,
por consequência, a energia do mundo que nos envolve. E isso engloba todas as
outras manifestações de vida. E edificamos ou destruímos o nosso mundo interno
e externo, conforme a qualidade dos nossos pensamentos e emoções, sendo estes
dois aspectos aqueles que mais profundamente nos diferem (aparentemente) de
todas as outras formas de vida.
As ciências convencionais e
espirituais confluem hoje numa espécie de tratado acerca deste assunto: a
genética pode influenciar de geração em geração, as formas de pensar e sentir,
mas não as pré-determina. Isto é, não pensamos nem sentimos do jeito que
fazemos, só porque os nossos pais, avós e bisavós pensavam e sentiam de um
determinado modo (e assim sucessivamente no tempo, de forma regressiva). Não; o
que permanece no ADN de geração em geração é o conjunto de potenciais de
determinados padrões de pensar e sentir. Ora, se estes potenciais forem
transformados numa geração – o que é o que de facto acontece, eles alteram o
conjunto de potenciais na mesma medida em que a transformação aconteça. Ou
seja, se a pessoa passar pela vida de uma forma pouco impactante, replicando quase
na íntegra as vidas dos seus antepassados, os potenciais pouco ou nada se
alterarão. Todavia, se a pessoa, em virtude de um evento externo ou de um
questionamento interno progressivo escolher levar avante uma profunda
transformação pessoal interna e externa, modificando ao longo desse processo as
formas de pensar e sentir, os potenciais que a geração seguinte irá receber são
bem diferentes daquelas que essa pessoa em processo transformacional herdou.
Tudo se transforma na exacta
medida em que o processo que gera a transformação seja mais ou menos profundo.
Resumindo; no nosso ADN estão as
predisposições que serão activadas, inibidas ou reforçadas, de acordo com o
padrão mental e emocional da pessoa ao longo da vida. Por isso, a importância
de uma educação emocional associada à prática bioenergética é fundamental para
que a pessoa vá além daquilo que acha e sente ser capaz.
O pensamento actua nas células
por meio dos circuitos energéticos (chacras, nádis), influenciando a vida do
indivíduo. Portanto, quando se fala que nós criamos a realidade, é porque nós
moldamos e plasmamos a energia, atraindo ou repelindo as coisas e pessoas. A
pessoa estará sempre rodeada pela representação daquilo que está impresso no
seu campo mental e na vida íntima. Tudo que pensamos e sentimos fica ‘incrustado’
na aura humana. Se quer criar harmonia, paz, tranquilidade, é necessário
cultivar e imaginar essa egrégora para que a criação mental se forme no campo
electromagnético.
Imagine que antes de sair de casa
para trabalhar, dedica uns 10 minutos para fazer uma oração, para respirar
profunda e serenamente, para activar as energias, para se conectar com a
natureza. Mesmo não estando com o pensamento focado nisso, essa vibração se
manterá gravitando na sua aura, vinculada ao seu mundo íntimo. E se, em lugar
de pensamentos e emoções positivas, usarmos pensamentos e sentimentos de mágoa,
raiva, frustração e ódio, por exemplo? O processo é o mesmo e ficará a gravitar
em torno da sua energia. Os resultados, obviamente, é que serão bem díspares.
As formas-pensamentos que geramos
associam-se às do mesmo teor energético e vibracional no universo. Assim,
existem inúmeras correntes mentais e emocionais espalhadas pela atmosfera. Como
somos antenas receptoras e emissoras, sintonizamo-nos com aquilo que gravita na
nossa aura, com aquilo em que nos focamos quotidianamente, com o que cultivamos
no nosso mundo íntimo. E tudo volta à fonte, ou seja, o que você emite, recebe.
Esse retorno energético é absorvido pela sintonia da pessoa, chegando aos
chacras, às células, e determinando a harmonia ou desequilíbrio, saúde ou
doença, conforme aquilo que o habita.
Do mesmo modo, ainda que o
pensamento seja o grande criador dual, o espectro emocional do Ser Humano,
quando abraçado e devidamente integrado com o pensar, forma aquilo a que chamo
de Pensa-Sentimento, ou Pensa-Sentir! Isto não é mais do que a expressão máxima
da compreensão racional humana de mãos dadas com o sentir intuitivo, aquele que
ultrapassa a emoção meramente humana e o pensamento lógico. É um estado em que
o pensar e o sentir são integrados numa espécie de Caminho do Meio, onde o
intuir começa a tornar-se o Mestre e o discípulo, numa Caminhada em que ambos
vão trilhando passos, rumo a uma fusão progressiva. Creio que o grande chamado
a todos os Seres Humanos neste momento na Terra – com especial incidência nos
que já Despertaram, nos que estão em processo de Despertar e em todos os que
aceitem esse profundo, misterioso e maravilhoso convite da Fonte – é justamente
começarem a orientar as suas vidas, pensares e sentires numa única direcção,
criando assim uma nova egrégora para si mesmos, para o mundo que os rodeia. E esta
nova postura e atitude criarão um impacto tal que modificará o mundo individual
de cada um e de todos nós, Terra e Cosmos incluídos.
Precisamos prestar atenção ao que
estamos a gerar: pensamentos e emoções. Se falta perdão e somam-se as mágoas e
conflitos, é hora de curar estes aspectos e sintonizar a nossa antena
vibracional a energias salutares, subtis e expnsivas; a energias amorosas. É
tempo de compreendermos e pormos em prática a ideia de que somos uma fechadura
para a qual nós mesmos temos a chave dentro de nós.
Não adianta consultar o Tarot,
fazer uma terapia energética de Reiki, praticar Meditação em grupo ou individualmente,
fazer Yoga e um sem número de práticas holísticas, se não colocarmos intenção
pura e amorosa. Precisamos desconstruir os variados Eus psíquic
os e emocionais que construímos ao longo da vida, para irmos construindo novos Eus, Eus que estejam Presentes no Aqui e Agora, verdadeiramente. E isso implica entrega, aceitação, confiança e gratidão!
É tempo de Pensa-Sentir tudo O
Que És, Como És e Quem És.
Vitorino OM Matos
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